Criada em 2016, a Get The Job continua a ser a única consultora de Employer Branding e Recruitment Marketing em Portugal. Em conjunto com a The Agency, diferencia-se pela capacidade de desenvolvimento de uma estratégia completa de Employer Branding e pelas competências para a implementar através das táticas e ferramentas, sobretudo digitais, do Recruitment Marketing. Falámos com os responsáveis.
As empresas encaram o Employer Branding ainda como um nice to have ou já como um must have?
João Batista: Nos últimos dois ou três anos tem-se gerado um buzz tremendo em redor do Employer Branding. Está na ordem do dia em debates, conferências e publicações dos RH. Creio que, neste momento, as organizações já perceberam que é algo importantíssimo para a sua capacidade de atração de talento, de retenção de pessoas, para a cultura da organização e para a felicidade das pessoas que estão na organização, fazendo deste tema um must have. No entanto, a generalidade das empresas ainda não passou, de forma consistente, para a fase da implementação com a energia e importância que este tema merece.
Rui Guedes de Quinhones: Quem tem a preocupação de ter uma estratégia preditiva na aquisição de talento já percebeu que é, claramente, um must have. Quem ainda continua a correr atrás das necessidades que vão surgindo no momento e olha para elas, não de uma forma estrutural, mas como algo momentâneo e esporádico, tem um problema para resolver. Nesses casos, o Employer Branding continua a ser visto como um nice to have, algo com o management sonha, mas não avança para a sua concretização.
Quais são os apetos críticos que as organizações têm de ter sempre em conta quando pensam em implementar uma estratégia de Employer Branding?
RGQ: Para nós, o fundamental é que a estratégia de Employer Branding tenha uma lógica de top-down. O Employer Branding não é, nem pode ser, um brinquedo novo dos RH ou do Marketing. É, claramente, uma estratégia da organização. Quando a organização entende que a atração e captação de talento é determinante para os resultados que consegue apresentar aos seus acionistas, então estamos a começar pela preocupação certa. A partir daí, o ownership do processo pode estar, de facto, na área de RH, ou no departamento de Marketing, mas a sua execução tem de estar distribuída por todos os setores da empresa.
Estamos, de momento, a apoiar uma organização a dar os seus primeiros passos na criação da sua marca de empregador e, depois, na forma como a vai comunicar, e chegámos à conclusão, através dos focus groups que realizámos, de que os melhores prescritores da empresa estão dentro de casa. As pessoas com quem falámos, simplesmente, adoram a organização e não há nada melhor do que serem eles os principais obreiros da construção deste processo.
Aqui, estamos apenas a falar da questão concetual do Employer Branding. Nós vamos além desta fase inicial e trabalhamos também o Recruitment Marketing, ou seja, a capacidade de colocar em prática e ativar o plano estratégico que desenvolvemos. É aí que entra a The Agency, a equipa do João.
JB: Parece uma coisa muito simples, mas o Employer Branding é algo muito complexo que envolve todos os campos da organização. Desta forma, não só deve começar no topo da organização, como depois deve envolver todos os departamentos, todas as pessoas. Quando passamos do Employer Branding para a aplicação prática – para o Recruitment Marketing –, o skill set necessário torna-se, realmente, multidisciplinar e requer o envolvimento de toda a organização. Esta é, talvez, a principal crítica que apontamos à forma como o mercado tem abordado o Employer Branding: todo este buzz tem simplificado e esvaziado um tema que é, pela sua natureza, muito complexo e extremamente importante para o negócio das empresas.
Ao nível do Employer Branding, de que forma o trabalho da Get The Job se complementa com o da The Agency nos serviços que prestam às empresas?
RGQ: A história da Get The Job começa com todos estes temas em simultâneo. Queríamos envolver os clientes na construção de estratégias mais abrangentes de aquisição de talento e ajudar as empresas a resolver problemas de forma permanente. Nós éramos, e continuamos a ser, a única empresa de Recruitment Marketing em Portugal, pelo que não temos nenhum comparativo. As pessoas não percebiam muito bem onde nos posicionar.
Ao fim de dois anos, decidimos alterar a estratégia e separámos a Get The Job da The Agency. A primeira é, neste momento, uma consultora de Recrutamento e Seleção que utiliza as técnicas e as estratégias mais avançadas, como landing pages, campanhas digitais, automatizações, candidate journeys, entre outras, muitas vezes de forma invisível aos olhos dos clientes, para entregar os melhores candidatos da forma mais rápida, mais eficaz e ao preço mais justo e mais adequado.
JB: É preciso notar que o mercado é muito virgem nesta matéria, não só em Portugal, mas também no resto do mundo. A Get The Job é a primeira empresa de Recruitment Marketing em Portugal e, que eu saiba, a única no mundo que trabalha esta temática do ponto de vista da consultoria. Não conheço nenhuma outra empresa que faça o que nós fazemos, da forma como nós fazemos.
Com a separação das marcas, a The Agency assegura a parte de implementação dos processos de Recruitment Marketing. Ajudamos a Get The Job no desenvolvimento do plano de Employer Branding e, posteriormente, garantimos a implementação técnica do que for necessário. Chave na mão para o cliente. Somos também o parceiro tecnológico que garante que a Get The Job consegue fazer as coisas incríveis que faz nos seus processos de Recrutamento e Seleção.
Na prática, quando temos um cliente que deseja apenas recrutar colaboradores, fala com a Get The Job que irá resolver esse problema. Quando a organização já tem um awareness maior sobre o Employer Branding e a consciência de que necessita de uma estratégia diferenciada, será apoiada também pela The Agency e, em conjunto, iremos desenhar um plano à medida para implementar um projecto de Employer Branding e Recruitment Marketing.
Entrevista conjunta The Agency e Get The Job, publicada originalmente no número #131 da RH Magazine | Novembro Dezembro 2020