fbpx

E01T01 Keep Pushing Podcast | Equipa The Agency

E01T01 Keep Pushing Podcast | Equipa The Agency

No primeiro episódio do Keep Pushing Podcast as estrelas foram os colaboradores da The Agency. Nuno Teixeira, Ana Pestanudo, Catarina Monteiro e Francisca Oliveira. Infelizmente, não conseguimos estabelecer a ligação com a Nádia Amante que para além de ser a nossa brilhante designer também é mãe de uma criança que almoça precisamente à hora do programa.

Para além de apresentar a equipa e de iniciar este projecto de forma simbólica falando sobre marketing digital, o primeiro episódio serviu para testar a plataforma, para provar que o formato funciona e para avaliar a dimensão da audiência. Não nos saímos nada mal para primeira vez!

A primeira convidada foi a Ana Pestanudo, Marketer na The Agency e responsável pela área de vídeo da agência.

Ana Pestanudo – Head of Video and Photography @The Agency

Ana Pestanudo – Head of Video and Photography @The Agency

João Batista: Antes de iniciarmos as perguntas que tinha preparado para ti, o Ricardo Prazeres deixou-nos uma pergunta que gostaria que respondesses. Qual a melhor campanha de marketing digital da pandemia? Tens alguma ideia sobre isto?

Ana Pestanudo: Isso é fácil! Sem ser a nossa, da The Agency, que acho que está muito bem conseguida, acho que a que está em segundo lugar é a da Get The Job, uma empresa de Recruitment Marketing, não sei se conheces (risos), que estão com uma campanha muito forte que para além de ser visualmente muito apelativa…

JB: Pestanudo, estás a puxar a brasa à tua sardinha. Recomenda uma campanha que não tenha sido feita por nós. Eu sei que não é fácil, mas deve ter havido por aí alguma coisa bem feita! (risos)

AP: Oh João, eu acho que as nossas são mesmo as melhores! Não me estou a lembrar de nenhuma em específico, mas acho interessante a forma como muitos mini-negócios, como frutarias locais e ginásios mais pequenos, se estão a reinventar. Por exemplo, ainda ontem recebi uma encomenda da Damaia. Uma frutaria onde, provavelmente, eu nunca iria, porque vivo longe, mas como eles estão a simplificar tanto o processo, eu aderi.

JB: Não me digas que têm uma loja online.

AP: Não, estão a fazer tudo pelo Instagram, eles nos stories colocam os preçários, anunciam em que dias vão distribuir em cada área de Lisboa, e estão a conseguir chegar a imensa gente. O interessante é que nunca irias àquela frutaria, porque é longe de ti, mas como eles trazem a casa, acabam por ganhar à frutaria que está aqui no bairro, porque eu não quero sair de casa e a frutaria mais próxima não me chega à porta de casa.

JB: Olha Pestanudo eu acho que nunca se disse tanto a palavra frutaria num live e a sunflower está a dizer que conhece o dono dessa frutaria.

AP: Eu acho que a sunflower vive lá perto…

JB: Eu daria a mesma resposta que tu, ainda não vi nenhuma campanha, só coisas giras e soltas. Quem nos acompanha sabe que nós até criticamos isso, as marcas fazem coisas soltas para o digital sem grande nexo e isso acaba por ter esse efeito. Não consegues lembrar-te de uma campanha específica que foi desenhada para o digital e isso é uma tendência e um problema. Mas eu daria a mesma resposta que tu, os vencedores da Covid são os pequenos negócios que estão a aproveitar o digital para se reinventarem e perceberam que o digital não custa tanto dinheiro e tempo e pode trazer retornos.

AP: Mas sabes que eu estava à espera de pessoas mais “normais”, mas estavam de farda, com o logo, com a carrinha toda brandizada. Mesmo que não houvesse a Covid acho que iriam apostar neste serviço, são inovadores!

JB: Como é que tens sobrevivido a esta quarentena longe da família?

AP: Tocaste mesmo no nervo do sentimento, tenho muitas saudades da minha família. Quando isto aconteceu, os meus amigos voltaram logo para casa dos pais, mas eu tive muito medo de estragar as coisas, porque eu em Lisboa estou em transportes, supermercados, nessa semana até fui a um concerto e por isso o meu medo de lhes ir pegar alguma coisa é muito maior do que o meu sentimento de estar aqui sozinha. E tenho sempre a minha equipa, falamos de manhã e à tarde.

JB: Acho que tomaste a melhor opção, por muito que custe, mas estamos cá para ti. Olha Pestanudo, tu na The Agency tens uma função muito especifica, estás focada na área de vídeo e fotografia, área essa que neste momento desapareceu. Ninguém está a fazer vídeo nem sessões fotográficas, ninguém está a sair de casa para tornar isso possível. Como é que achas que esta situação vai impactar esta área?

AP: Na The Agency, como felizmente temos um fluxo de trabalho grande, o que acontece é que se não tenho o vídeo e a fotografia a bombar, faço outras coisas. Se neste momento as pessoas querem ter a abordagem mais animada, há outras formas de o fazer e caso as pessoas não queiram aparecer, há montes de maneiras de fazer coisas animadas, como gifs, que passam a mensagem de forma muito mais dinâmica.

JB: Achas que o vídeo vai continuar neste momento, mas de outra forma, deixando as produções maiores para fazer coisas mais nativas do digital e coisas mais espontâneas, achas que agora as marcas vão fazer vídeos mais espontâneos?

AP: Eu acho que não. As marcas ainda estão muito adormecidas nesse aspecto, mas por exemplo, numa situação normal, o podcast seria numa sala, com 3 planos, com micro. Mas o que vai acontecer é que este directo vai para um template e vamos ter à mesma este conteúdo, muito mais espontâneo, sem qualquer tipo de corte e neste caso acho que nos estamos a adaptar muito bem a esta situação e gostava que as marcas seguissem o nosso exemplo.

JB: Eu acho que esta situação toda vai ter mérito por isto mesmo, é que é possível acelerar processos de forma muito mais rápida. Nós sempre tivemos a ideia de fazer este tipo de conteúdos, mas não fazíamos porque ou não tínhamos a sala correcta, ou o micro correcto, ou naquele momento não nos apetecia e aqui bastou pegar no telemóvel e fazer. E isto vai fazer bem às marcas no sentido do desenrascanço, não no sentido pouco profissional, mas no sentido de utilizar ferramentas simples e acessíveis a todos.

AP: Exactamente! Não podia concordar mais! Se puderes, mas só se puderes, sê o CEO da minha empresa. (risos)

JB: Muito bem, vou pensar no teu caso. Foi um gosto falar contigo, temos a Catarina para entrar já a seguir. Muito obrigado! Beijinhos!

Vamos então ver se a Catarina nos atende…

Catarina Monteiro – Social Media Manager @The Agency

Catarina Monteiro – Social Media Manager @The Agency

Catarina Monteiro: Olá, bom dia!

JB: Olá Catarina, então como estás? Estás a aguentar bem esta situação? A Catarina para quem não sabe é social media manager na The Agency, mas tem uma mão especial para a ilustração. A Catarina é a autora das ilustrações bonitas que temos na agência e também em alguns dos nossos clientes. Catarina gostava de saber o que é que tu achas desta situação em relação à ilustração. As pessoas não sabem muito bem como reagir a isto, já nos deparamos com várias situações em que as imagens já não se enquadram e nesta situação o mais pequeno pormenor pode causar problemas às marcas. Como tem sido desenhar nesta lógica?

CM: É um pouco difícil, porque enquanto ilustradora, nós procuramos imagens para nos basearmos e depois tendo esses pequenos elementos é difícil arranjar outra solução, temos que ir à procura de outras imagens para compor a ideia que já tínhamos e nem sempre é fácil encontrar a imagem certa ou posicioná-la para o que queremos.

JB: Normalmente as imagens que vemos foram pensadas antes da Covid pelo que não estão pensadas para ter as mãos separadas, os abraços à distância, etc e isso dificulta o processo de edição.

CM: Muitas das imagens que nós pensamos, porque nós somos um todo, o facto de estarem de mãos dadas nem sempre simboliza que estão próximas uma da outras, simboliza trabalho de equipa, e por vezes falta essa compreensão às marcas, perceberem que a imagem não significa só o trabalho, significa a envolvência. Por exemplo, eu estou à distância contigo, mas nós somos uma equipa, se nós fizéssemos uma imagem de mãos juntas não significa que estamos mesmo de mãos juntas.

JB: Sim, nós temos visto também marcas grandes com grandes campanhas e de repente houve uma fase de incerteza em que algumas marcas continuaram com as campanhas que tinham, outras marcas tiraram as campanhas e lançaram qualquer coisa para preencher o vazio de comunicação e mais tarde voltaram a fazer uma campanha adaptada à situação. Percebo que se tenha que adaptar a situação, mas por vezes caímos no erro de ser demasiado exigentes, demasiado calculistas com a situação da simbologia porque por vezes não tem nenhuma.

CM: Concordo, acho que tudo é muito subjectivo e tem a ver com a forma como interpretamos. 

JB: Sentiste alguma quebra de trabalho face ao que fazias antes ou achas que aumentou?

CM: Há dias em que trabalhar custa-me horrores, outros dias que adoro e faço as coisas muito mais rápido do que no escritório, mas sinto falta de estar com vocês. Em termos de produtividade, só facto de não andar de transportes é óptimo! Acordo mais cedo ou mais tarde de acordo com o que tenho para fazer e até fiz um calendário semanal para me organizar.

JB: E tens conseguido gerir os horários? Tu és o elemento mais leonino nessa questão dos horários e ainda bem.

CM: Sim, tenho conseguido todos os dias, aproveito para treinar como já fazia antes, mas ter família em casa é péssimo porque estão sempre a chatear. (risos)

JB: Pelo que sei és o único membro da equipa que consegue manter um calendário de treino físico e conciliá-lo com o trabalho e dou-te os parabéns por isso. Catarina, obrigado! Vou ligar à Francisca para tentar perceber se a internet já lá chegou… 

Francisca Oliveira – Social Media Manager @The Agency

Francisca Oliveira – Social Media Manager @The Agency

Francisca Oliveira: Olá, como estás!?

JB: Olá, Francisca. Como está Viseu?

FO: Sem internet, sem pessoas, vocês já sabem, aqui não há nada. (risos) Prefiro estar a viver a Covid aqui do que em Lisboa, porque aí estava sozinha, aqui sempre estou na minha cidade, com a minha mãe. Mas não está a ser a melhor experiência da minha vida.

JB: Francisca, queria perguntar-te dois coisas muito específicas. Tu ficaste com uma batata quente há uns tempos que foi criar um foco maior nas métricas, da análise de resultados, e tens feito um acompanhamento mensal das métricas em vários tipos de contas, vários tipos de clientes e em várias indústrias. Tens notado alguma tipo de evolução ou achas que se manteve tudo igual?

FO: Eu acho que sim, mas como em Março ainda era tudo muito recente, ainda não dá para apurar resultados que sejam suficientemente conclusivos. Acho que agora em Abril, quando voltar a fazer os relatórios, já vou ter mais termo de comparação, porque temos Fevereiro sem Covid, Março com e sem Covid e em Abril com Covid. Aí é que vou conseguir tirar resultados conclusivos e vou perceber se conseguimos dar a volta ou não.

JB: Pela tua sensibilidade, achas que tipicamente o pessoal tem estado mais em casa, portanto as redes sociais foram os grandes vencedores desta matéria, acho que nunca esteve tanta gente ligada e a interagir. Achas que isso se reflectiu no aumento de tráfego e no aumento de interacção nas publicações? Por outro lado, há mais concorrência para divergir o foco…

FO: Exatamente, mas também há aquele factor de que quem se interessa procura saber mais e ver mais, pode haver mais conteúdo e oferta, mas também acho que enquanto antes da Covid era só scroll scroll, agora as pessoas investem mais em conteúdo específico.

JB: Sim, as pessoas viam mais em situações de espera e de trânsito e agora há mais foco, sim também concordo. Não temos ainda os resultados de Abril, mas eu tenho notado, não em todas as contas, mas tenho notado que o tráfego tem aumentado e acho que isso tem sido positivo.

FO: E o segredo foi que a The Agency soube adaptar os seus conteúdos e os dos seus clientes ao panorama.

JB: Tu és uma das nossas mais brilhantes copywriters tens notado alguma evolução?

FO: Sim, claro que sim, e não só nos copys, mas também nas artes finais. Dar as mãos nem que seja só simbólico já não é possível.

JB: Por vezes, há muitos trocadilhos que se usam na escrita que podem dar a entender esta proximidade que provavelmente já não podem ser usados. Francisca, foi um gosto! Vamos ligar ao grande Nuno. Espero que o Nuno esteja a comer douradinhos e sopa. (Risos) Olha o Nuno, foste vestir uma camisa?

Nuno Teixeira – COO @The Agency

Nuno Teixeira – COO @The Agency

Nuno Teixeira: Bom dia! Sim, a minha princesa obrigou-me e fui também pentear-me. (Risos)

JB: Claro, com esta vasta audiência não ias aparecer despenteado! O Nunão, para quem não sabe, é o Gestor de Operações da The Agency e para além de me ajudar a gerir a equipa e o trabalho, é a nossa mente brilhante em tudo o que é analítico, nomeadamente anúncios e estratégias de marcas. É o nosso intelectualóide. Nuno que insights podes dar à nossa audiência ao nível dos anúncios. O impacto dos ads no Facebook e no Instagram, está tudo igual ou não?

NT: Igual não esta, há aqui muitas mudanças, duas delas são ao nível do design e do copy. Ao nível de keywords eu diria também que sim, temos uma ou outras mais específica direccionadas para a quarentena. Por exemplo no nosso caso, a keyword loja online subiu bastante de interesse. Do ponto de vista do budget diria que tem havido alguma retracção. Também faz algum sentido, aliás faz e não faz, faz porque as vendas estão a diminuir, não faz porque também podemos ter uma estratégia de intensificar o marketing quando os outros estão a reduzir investimentos. Mas diria que sim, que o budget também tem alguma diminuição.

JB: Por um lado acho que as empresas estão receosas e com medo de avançar com investimentos novos com plataformas que eles não conhecem bem. A publicidade em redes sociais ainda não é feita em massa, e nesta fase as empresas estão receosas em investir em plataformas que ainda não testaram. Por outro lado, neste momento não há outra forma de comunicar, ou és uma grande marca e tens budget e vais para a TV comunicar, que são poucas, Comunicar na rua agora é impossível, as lojas já não podem depender do tráfego ocasional que passa e compra por impulso. Agora tens de ter uma estratégia muito mais proactiva. E agora as redes sociais são o melhor método, se não o único, para isso

NT: Concordo, há aqui uma oportunidade de ouro de for bem explorada. Olhas para o mercado de forma factual e o que tu vês são empresas que ou veem isto com o copo meio cheio ou com o copo meio vazio. Se virem o copo meio cheio, veem uma oportunidade para realmente entrarem no digital, terem a oportunidade de um novo início e de saírem da crise melhor do que estavam anteriormente. E tens um outro lado, o tal copo meio vazio em que as vendas estão a diminuir e a coisa mais brainless que há é fazer cortes nas redes sociais. Há aqui num mindset empresarial talvez um pouco superficial, porque isto envolve muito mais que cortar x receita naquele mês.

JB: Achas que este é o wake up call de que as marcas precisam para perceber que as redes sociais são uma ferramenta imprescindível para que as marcas olhem para o digital de uma forma mais profissional e com mais futuro, ou achas que quando passar vai continuar tudo na mesma?

NT: Eu, por natureza, sou um optimista realista, acho que a análise aqui não é ver a mudança já nestes meses, mas talvez do ponto de vista anual ou até de longo prazo. Acho que vai haver uma mudança gradual e volto a pegar no exemplo que a Ana deu no início, pequenos negócios como uma mercearia ou uma frutaria que poderia não olhar para o digital, agora com esta necessidade vão ver que o online tem muito potencial.JB: Acho que este vai ser o momento em que as empresas vão perceber que o digital pode realmente ajudar os negócios, se isto vai ser uma realidade e se as empresas vão investir eu não sei, mas que elas estão a perceber que é uma realidade, isso estão.

Gostas-te deste artigo?

Partilha no Facebook
Partilha no Linkdin
Partilha no Twitter

Leave a comment

IT

Pronto para alavancar o seu negócio?

[contact-form-7 id="72" title="Formulário de Contacto"]